Morreu Arcangelo Ianelli
Morreu hoje o pintor da cor sublime. Morreu o paradigmático, (talvez) o maior pintor brasileiro de todos os tempos. Uma grande perda, uma dor imensa para a Arte e para pintura, no Brasil e no mundo. Um dia muito triste e trágico para a pintura.
Ianelli morreu aos 87 anos na manhã desta terça-feira (26) em São Paulo. De acordo com a nota de falecimento divulgada pelo hospital Albert Einstein, o artista plástico morreu às 8h por falência múltipla de órgãos.
O enterro do corpo acontece amanhã quando o cortejo fúnebre chegar cemitério Gethsêmani, na região do bairro do Morumbi. O cortejo deve deixar a Pinacoteca às 10h.
Na década de 1950, Ianelli fez parte do grupo Guanabara, que reunia vários artistas japoneses, entre eles Manabu Mabe (1924-1997), Yoshiya Takaoka (1909-1978) e Tikashi Fukushima (1920-2001).
A abstração apareceu pela primeira vez em sua carreira na década seguinte. Mais tarde, nos anos 70, iniciou a produção de esculturas. Foi quando apareceram seus quadrados e os retângulos monocromáticos cujas simplificações se tornariam sua marca registrada.
"Nesse período, por causa de uma intoxicação com tinta a óleo, passei a usar a têmpera a ovo, que me ensinou técnicas de transparência e uniformidade, que uso desde então."
Recebeu inúmeros prêmios, participou de diversas exposições na Europa, nos EUA e no Brasil, entre elas, oito bienais de São Paulo.
Suas obras estão em museus no Japão, México, Itália, Canadá e na América Latina, além de constar do acervo das principais instituições brasileiras. Em 2004, o artista plástico ganhou um livro sobre sua obra: IANELLI Trajetória de um artista - com texto de Mariana Ianelli.