Domingo, 12.02.12

Mito é a palavra

Olhos no bastidor do jogo

 

Luiz Zanin Oricchio - O Estado de São Paulo

 

Você vai ao Museu do Futebol cheio de paixão e sai de lá repleto de perguntas, o que não quer dizer que o amor pelo seu clube ou pelo jogo tenha diminuído. Pelo contrário. Talvez apenas tenha ficado mais complexo e rico. É essa a intenção de um museu que se deseja antipedagógico e, com desculpas pela da contradição, muito pouco museológico. É assim que o espectador deve se postar diante da exposição temporária Vestiário, que será inaugurada na terça-feira, às 19h30.

 


 

Com espanto, aberto a um olhar fresco e a uma nova perspectiva em relação ao esporte que ele crê conhecer tão bem. A exposição consta de 56 fotos de Gilberto Perin e 28 obras do artista plástico Felipe Barbosa, que dialogam com a técnica de video mapping do VJ Spetto. Isso quer dizer que esse espaço íntimo, os vestiários dos clubes de futebol, recebem não um tratamento realista, ou jornalístico, mas uma interpretação artística, que permite ao público vislumbrá-lo como espaço mítico. Mito é a palavra.

 

Como diz o curador Leonel Kaz, "trabalhamos aqui como no filme de John Ford, O Homem Que Matou o Facínora, no qual se a lenda é melhor que a realidade, que se imprima a lenda". Qual a melhor maneira de abordar essa lenda?

 

Não poderia ser de maneira tradicional. E, de fato, não se trata de uma exposição como outras, mas visa levar o espectador a uma experiência desse espaço exclusivo do mundo do futebol, onde muitas vezes se decide a vitória ou a derrota, que é o vestiário. As fotos de Perin seriam como o aspecto mais palpável desse "espaço sagrado" do futebol, ao qual apenas os jogadores e o técnico têm acesso. As obras do artista plástico Felipe Barbosa, compostas por bolas, chuteiras, caneleiras e outros utensílios do mundo do jogo, dispostos em forma de instalação que reproduz os armários de um vestiário, enfatizam o caráter um tanto lúdico do espaço. Assim como essa impressão fica acentuada pelas animações criadas por Spetto em computador e que serão projetadas em cima das obras dos outros artistas e nas paredes da Sala Osmar Santos, onde está montada a exposição que deve ficar em cartaz por cerca de cinco meses.

 

Essas três modalidades de percepção - as fotos, as instalações, os vídeos - são conjugadas de modo a proporcionar uma experiência única ao visitante. "Uma das sacadas da exposição é essa articulação entre três artes, fotografia, mapping e artes plásticas, que, sobrepostas, permitem trazer alguns dos imaginários que flutuam em torno do espaço íntimo do vestiário", diz Clara Azevedo, diretora de conteúdo do museu. De fato, cada uma dessas modalidades se articula com a outra, como numa jogada bem urdida de um grande time. Tudo para sugerir, de maneira poética, o que é indevassável por definição e constitui, ainda, o último reduto intransponível do futebol em meio à sociedade do espetáculo e sua vocação de tudo mostrar e transformar em show. O espaço mais escondido, o vestiário, é o que pode revelar mais a fundo a natureza do esporte. Se hoje ele é tão profissional, tão mercantilizado e pragmático, é no vestiário que seus aspectos mais essenciais se revelam. A coesão do grupo é enfatizada nos gritos de guerra, nas rodinhas de incentivo mútuo e nas palavras do "professor".

 

 

 

Mas há também espaço para as crenças, para velas acesas, ramos de arruda atrás da orelha, imagens de devoção. Conta-se que, no vestiário do Santos, todos os ruídos cessavam um pouco antes do início do jogo, quando Pelé, já inteiramente paramentado com seu uniforme, meias e chuteiras, se estendia sobre um banco, cobria o rosto com uma toalha e permanecia alguns minutos em silêncio. O que fazia? Tirava um pequeno cochilo antes da partida decisiva? Rezaria uma prece? Pensaria no adversário, na tática a ser empregada para vencê-lo? Ou apenas buscaria seu vazio interior, aquele silêncio de paz que o preparava para o jogo? Nunca ninguém jamais soube. Assim como (conta-se) não se sabe até hoje o que existe no armário que o mesmo Pelé trancou depois de jogar o último jogo pelo Santos, em 1974. Nunca mais foi aberto e ele não revela o que contém. Está lá, conforme a lenda, do jeito que Pelé o deixou, na Vila Belmiro.

 

Coisas do vestiário, desse espaço de mistério. Mitos do futebol, que povoam o imaginário desse esporte, que é também uma religião para muitos dos seus seguidores. Foi pensando nessa aura mítica, e no que vai além dela, que a exposição foi montada. Como diz Felipe Barbosa, "a mostra discute muitas coisas além do futebol. Alarga o conceito de vestiário, não apenas como local físico, mas como lugar de crença, celebração, fé. Um espaço sagrado, onde somente jogadores têm acesso", diz. Leonel Kaz lembra também que o vestiário é como um rito de passagem para o jogador. "Ele se despe de sua roupa civil, como a de qualquer mortal, e se veste com o uniforme do seu clube, como quem se prepara para uma batalha." É nesse recinto que a pessoa física do profissional se transforma na figura do jogador, aquele que veste a cor de um clube ou de uma seleção e entra na arena para representar os torcedores, às vezes um país inteiro. Ele se ritualiza. E a entrada no gramado é o termo final desse rito. "Uma vez acompanhei a entrada em campo do Pelé, ao lado dele, e nunca esqueci a experiência", conta Kaz, que torce para o América do Rio. "Aquele barulho da torcida vai subindo até explodir; é algo muito físico, impressionante, essa passagem do vestiário para o campo de jogo."

 

Enfim, o que se tenta é a aproximação, através de da interpretação dos artistas, dessa realidade para sempre escondida dos torcedores. Por isso, o curador da mostra, Leonel Kaz, diz que "ao conceber a mostra, eu brincava que ela seria um misto entre uma exposição e uma alucinação. Por quê? Porque levaria o visitante aos extremos da sua percepção, numa comunhão singular de experiências visuais". Na superposição de espaços míticos, entra o próprio local onde se dará a exposição. O espaço, hoje denominado Sala Osmar Santos, em homenagem ao grande inovador da narração esportiva, era antigamente usado como vestiário. Teve essa finalidade até a construção do Tobogã, quando então os vestiários foram realocados no espaço do velho estádio, inaugurado em 1940. Estádio mítico, já que é disso que se trata.

 

Publicado em O Estado de São Paulo

Imagem: Fotografia de Gilberto Perin

Retrato do fotógrafo Gilberto Perin por Liane Neves

 

 

publicado por ardotempo às 13:09 | Comentar | Adicionar

Grande Exposição no Museu do Futebol - São Paulo

Dia 14 de fevereiro - 19h30 horas - Estádio do Pacaembu - Praça Charles Miller, s/nº

Abertura da mostra de Fotografias de Gilberto Perin

Livro: CAMISA BRASILEIRA - Imagens dos bastidores do futebol

 

VESTIÁRIO

 

 

publicado por ardotempo às 00:12 | Comentar | Adicionar
Sábado, 11.02.12

Sem medo

Os gigantes

 

 

Gilberto Perin - Fotografia - Sem título (Uruguaiana RS Brasil), 2010

publicado por ardotempo às 22:24 | Comentar | Adicionar

Um ídolo e seu templo

Religião

 

 

 

 

Giacomo Favretto - Fotografia - Sem título (São Paulo SP Brasil), 2012

 

publicado por ardotempo às 20:31 | Comentar | Adicionar
Segunda-feira, 16.01.12

Cemitério americano na Normandia

 

Utah, Pointe-du-Hoc, Omaha, Cemitério...

 

 

 

 

 

© Gilberto Perin - Cemitério Americano na Normandia - Fotografia (Normandia, França) 2011

publicado por ardotempo às 17:36 | Comentar | Adicionar
Sábado, 14.01.12

Pointe-du-Hoc, Normandie

Pointe-du-Hoc

 

 

 

 

 

Gilberto Perin - Liberdade - Fotografia - Pointe-du-Hoc, Normandie (França), 2011

 

Pointe-du-Hoc , campo de batalha estratégico do Dia D, Normandie, France

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Quinta-feira, 12.01.12

Flores de Favretto

Fotografia

 

 

 

Giacomo Favretto - Flores - Fotografia (São Paulo), 2012

publicado por ardotempo às 16:03 | Comentar | Adicionar

Bonjour Paris

Fotografia

 

 

 

Pierre Yves Refalo - Inverno - O rio atravessa a cidade - Fotografia (Paris, France), 2012

publicado por ardotempo às 09:06 | Comentar | Adicionar
Terça-feira, 06.12.11

A luz da torre do mercado

 

Fotografia

 

 

 

 

 

© Alexandre Schlee Gomes - Mercado Público de Pelotas - Fotografia (Pelotas RS Brasil), 2011

Publicado no livro História e Tradições da Cidade de Pelotas, de Mario Osorio Magalhães - edições ardotempo, 2011

 

publicado por ardotempo às 11:59 | Comentar | Adicionar

Lançamento de Livro - História e Tradições da Cidade de Pelotas

 

Lançamento de Livro : Hoje - em Pelotas RS - 19h

 

 

 

 

 

 

Homenagem aos fotógrafos e ao autor - Noite de autógrafos - Bibliotheca Pública Pelotense

 

Alexandre Schlee Gomes

Daniel Giannechini

Edison Vara

Laureano Bittencourt

Nauro Junior

Paulo Rossi

 

Autor: Mario Osorio Magalhães

 

 


publicado por ardotempo às 11:34 | Comentar | Adicionar
Domingo, 04.12.11

O doce cotidiano das cidades

 

 

 

Cristaizinhos de gentileza

 

Taciane Corrêa, de Paris (França)

 

 

Durante esta semana meus pensamentos ficaram açucarados

 

Repletos de creme, de chantilly e de um toque de caramelo

 

Porque descobri que as pessoas que gostam de doce são mais amáveis e gentis

 

E porque o salão nobre da prefeitura de Pelotas se recheou de doce para comemorar

 

Assim, resolvi transformar minha semana gélida em um doce momento

 

Aproveitando para visitar e descobri novos sabores


Em Paris, não caminhamos por quadras e sim por minutos

 

Então... A cada três minutos uma pausa para sentir, observar, degustar e se deliciar com os peculiares aromas

 

Na quadra que não tem uma pâtisserie, tem uma maison du chocolat ou uma colorida banquinha repleta de guloseimas.  Após ler a pesquisa que foi realizada nos Estados Unidos, na qual afirma que as pessoas que comem doces são mais queridas, prestativas e simpáticas

 

Saí para flanar feliz e sem culpa

 

Pelos doces da moda e pelas centenárias histórias dos clássicos franceses

 

Encontrei milhares de nuances sucrés.  O colorido exótico dos macarons.  O aroma estonteante das boutiques de chocolate.  As curiosas origens de doces do século passado.

 

Os pedidos de Napoleão que são como bálsamos de alegria.  O relâmpago estouro marcante da éclair.  Criada por volta de 1800 assume, hoje, criativas versões

 

Neste momento para acessar minhas lembranças gastronômicas da infância me delicio com Paris-Brest, um doce circular, leve e fluido

 

Exatamente como a roda de uma vélo

 

Mas o que é mesmo que uma bicicleta tem a ver com a história? Inicialmente nada, até a atendente da pâtisserie começar a me explicar que o doce foi criado em 1891 para homenagear uma corrida de bicicleta Paris-Brest-Paris.  Por aqui tudo é possível!!!

 

Alguns grandes e renomados profissionais são chamados de Picassos da pâtisserie

 

O design de alguns doces foi criado por estilistas.   Sim, aqueles profissionais da moda... Até o brasileiro Alexandre Herchcovitch andou fazendo arte por aqui

 

Nossa sorte é que os reis também gostavam do sabor doce da vida.  No reinado de Luís XIV foi realizado um profundo trabalho para melhorar o sabor das frutas.   Que logo passam a fazer parte do mundo das sobremesas.  São borbulhas frutadas que refinam nosso paladar

 

Por aqui, a criação da tarte tatin na transição do século 19, pelas irmãs que viraram a torta de maçã de pernas para o ar

 

Por aí, os doces cristalizados e as compotas. Uma influência dos franceses Por aqui, os doces familiares feitos de cereja, clafoutis e de outras frutas, flaugnarde

 

Por aí, chimias, geleias e doces em pasta

 

Os doces são peças importantes da gastronomia da França

 

E também são tratados com deferência por aqui Inclusive alguns se diz ser o segredo da eterna juventude, com 126 anos de vida O Crème de Marrons cruza o tempo com o autêntico sabor da castanha de l'Ardèche

 

Agora de posse do Selo de Indicação de Procedência será possível proteger a identidade do doce pelotense

 

A tradição doceira de Pelotas é legítima e garantida

 

Aproveite a Capital Nacional de Doce para flanar e se perder em seus espirais adocicados

 

Flutue com um pastel de Santa Clara

 

Amarre-se com um bem-casado

 

Inspire-se com o camafeu

 

Brinque com um brigadeiro

 

Enrole-se em um ninho

 

Deixe os cristais de gentileza tomarem conta do seu dia a dia.

 

 

 


 

Taciane Corrêa - Publicado no Diário Popular - Pelotas  

 

 Imagem: Fotografia de Edison Vara

publicado por ardotempo às 17:07 | Comentar | Adicionar
Quinta-feira, 01.12.11

A árvore amarela

Fotografia

 

 

 

 

© Taciane Corrêa - Fotografia, 2011

publicado por ardotempo às 09:47 | Comentar | Adicionar
Segunda-feira, 21.11.11

Cuba - Como não mais será

LUZ DE CUBA



 Lisette Guerra foi a Cuba com a sua função 
e o seu olhar de fotógrafa profissional. 

Não foi como diletante, não foi como turista e 
muitissimo menos como engajada política num viés ou noutro. 
Foi para fotografar sistematicamente ao longo de quatro viagens 
à ilha. Quatro duradouras viagens de cerca de um mês cada uma 
– períodos de permanência para viver em convívio com os 
habitantes da ilha em diferentes localizações geográficas, 
como se fosse ela mesma 
uma habitante do local, em movimento. 
Sem preconceitos estabelecidos e sem outras finalidades 
que não fosse o compromisso ético com a sua própria 
expressão fotográfica. 
Ela não foi para a ilha com o objetivo prévio de fazer 
escolhas estéticas orientadas por um posicionamento 
político, de defesa ideológica 
de uma postura assumida ou por um filtro seletivo 
em que valorizasse algo em detrimento de alguma 
coisa que devesse permanecer oculta. 
A sua fotografia está isenta desses valores 
estranhos à sua exigência artística. 

Ela fotografou o que viu, especialmente retratou as pessoas 
em seus locais de atividades, que produziram um depoimento 
imagético de profunda humanidade. 

Ela mostra tudo, o estado preciso e real das coisas, 
dos objetos, dos bairros, das cidades, das limitações significativas 
de um mundo tolhido por um persistente bloqueio econômico, 
a presença da música como um antídoto à falta de perspectivas, 
a alegria e o desejo de superação de suas dificuldades 
por parte de um povo sofrido que muito se assemelha 
ao povo brasileiro. 

Lisette Guerra realizou centenas, milhares de fotografias 
que resultaram nesta seleção para a mostra LUZ DE CUBA 
(e para o seu livro que será publicado em breve). 
É importante ressaltar alguns dos critérios que balizaram 
a construção deste conjunto de imagens;
 inicialmente a busca de um conceito estético estrito pela 
qualidade fotográfica de autoria da artista e
a veracidade temática com a isenção de qualquer produção 
externa sobre as imagens capturadas e documentadas; 

Lisette realizou o seu projeto de documentar um momento 
de um período histórico em cidades cubanas (de 2009 a 2011) 
em viagens sequenciais,  período no qual ela fixou 
um testemunho de imagens através do estado das pessoas, 
dos objetos e dos locais. Ela não fotografou o passado nostálgico
 nem um futuro imaginário, ela apenas congelou imageticamente 
um documento extremamente importante - 
o retrato de uma Cuba como não mais será 
(necessaria e inexoravelmente com a passagem do tempo). 

© Ouro de Cuba, fotografia de Lisette Guerra, Habana Vieja , Cuba

Alfredo Aquino - Artista plástico, escritor e curador da exposição LUZ DE CUBA
publicado por ardotempo às 00:58 | Comentar | Adicionar

Convite Exposição LUZ DE CUBA

CONVITE

 


publicado por ardotempo às 00:47 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar
Quarta-feira, 21.09.11

A viagem das fotografias continua

Os bastidores do futebol em Montenegro (RS Brasil)

 

 

 


 

publicado por ardotempo às 23:43 | Comentar | Adicionar
Domingo, 11.09.11

A bandeira do Brasil

Um 7 de setembro vermelho e preto

 

Taciane Corrêa

 

Enquanto todos relembrarem 11 de setembro, eu vou ficar em 7

Dia em que Pelotas se coloriu e festejou

O verde/amarelo da Independência se confundiu com o vermelho/preto da paixão

Os nossos brasis entrecortaram as ruas como uma tonalidade sinfônica

Brasil, Brasil, Brasil,

As tuas cores são nosso sangue, a nossa raça

Fundado em 7 de setembro de 1911

somos campeões do bem querer

Agora o Grêmio Esportivo Brasil faz parte do time dos centenários

Sou rubro-negro!!!.... Com muito orgulho!!!

A invasão dos xavantes deu nome à torcida mais fiel do interior do Estado

Tua escada vermelha e preta faz vibrar nossa energia

Tua charanga é o coração pulsante da arquibancada

Considerada a mais antiga e tradicional do país, dá o tom e o movimento

Entre tambores, tamboris, saxofones e frigideiras

O ritmo conduz a musicalidade da torcida no Estádio Bento Freitas

Em 17 de agosto ultrapassou os limites do futebol e entrou dançando no museu

Ao som da charanga acompanhada da beleza do Grupo Tholl de vermelho e preto

entra em cena a mostra fotográfica Camisa brasileira no Malg

Pelas palavras, Gilberto Perin faz-se a fotografia

Por sua câmera mágica revelam-se segredos, dramas, fantasmas e esperança

Até o dia 14 é possível flanar pela artística alma popular

do primeiro grupo campeão gaúcho em 1919

O caldeirão do diabo vira arte contemporânea

São chuteiras, havaianas, rolo de fita crepe, camisa rubro-negra e Bíblia que ecoam do vestiário

É altar, velas e santos que materializam o intangível

É Iemanjá, São Jorge e Nossa Senhora

à espera da sua prece

São chuveiros, toalha e sabonete que imprimem aroma a cada clique

São mais de 50 imagens que eternizam nossa paixão de sempre

No reflexo trincado está o entusiasmo da torcida intacto

Na bandeira, o grito de gol e o sentimento arrebatador

que pinta a cidade de vermelho e preto.

 

 

 

 

Taciane Corrêa - Publicado no Diário Popular (Pelotas RS Brasil)

Imagem: Fotografia de Gilberto Perin

 

publicado por ardotempo às 14:50 | Comentar | Adicionar
Terça-feira, 06.09.11

São Paulo: os apaches de Oruro e Potosí

 

Música na rua

 

 

 

Mauro Holanda - São Paulo, Forte Apache - Fotografia (São Paulo SP Brasil), 2011

publicado por ardotempo às 05:26 | Comentar | Adicionar
Quarta-feira, 24.08.11

Toucinho do céu

Quem saberá a receita?

 

 

 

 

Imagem: Fotografia de Mauro Holanda (São Paulo SP Brasil)

publicado por ardotempo às 23:52 | Comentar | Ler Comentários (2) | Adicionar
Sexta-feira, 19.08.11

Apoteose

 

Museu, arte fotográfica, literatura, teatro, suor e champagne

 

 

 

 

A abertura no MALG Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, da mostra fotográfica CAMISA BRASILEIRA organizada pelo SESC RS, de fotografias de GILBERTO PERIN e com textos do escritor Aldyr Garcia Schlee, resultou em algo verdadeiramente apoteótico. Salas lotadas de visitantes interessados na qualidade artística das imagens apresentadas, o lançamento de um luxuoso livro de arte, uma performance extraordinária de parte do grupo THOLL, fantasiado em vermelho e preto, ao som da artilharia pesada de surdos, bumbos e metais da charanga xavante (do Grêmio Esportivo Brasil) fizeram a notícia no dia 17 de agosto de 2011, em Pelotas. 

 

Foi a noite em que o povo entrou dançando no Museu, para confraternizar com a Arte contemporânea a sua mais legítima essência de alma popular. Com champagne, em taças de cristal...

(Imagem: Carlos Insaurriaga)

 

http://www.gebrasil.com.br/noticias/noticias-detalhe.php?id=1095

 

CAMISA BRASILEIRA

MALG - Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo

Fotografias de GILBERTO PERIN

Textos de Aldyr Garcia Schlee

 

Organização SESC RS  

De 18 de agosto a 14 de setembro de 2011

Rua General Osório, 725

Centro - Pelotas RS Brasil

 

publicado por ardotempo às 18:30 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar

Noção imprecisa

Barafunda

 

Um magnífico samba e poema de Chico Burque sobre uma certa imprecisão, algo sobre a perda da memória, a dificuldade das lembranças, dos fatos e dos nomes.

 

 

 

" ... antes que oesqui...

o esquecimento baixe o seu o manto,

seu manto cinzento..."

 

 

 

 

Fotografia de Mauro Holanda

publicado por ardotempo às 17:49 | Comentar | Adicionar
Quarta-feira, 10.08.11

Fotografias e livros no Museu

 

MALG  SESC

Gilberto Perin e Aldyr Garcia Schlee

 


publicado por ardotempo às 20:50 | Comentar | Adicionar
Terça-feira, 09.08.11

Um fotógrafo com Leica

 

Uma cidade que se move - Mario Castello

 

 

 

 

 

 

Mario Castello - Monumento às Bandeiras (Victor Brecheret) - Fotografia (São Paulo SP Brasil), 2011

publicado por ardotempo às 17:21 | Comentar | Adicionar

Livro, fotografias e textos

Luiz Antonio de Assis Brasil

 

Futebol

 

Cabe celebrar aqui Camisa Brasileira, uma obra cúmplice do fotógrafo Gilberto Perin e do escritor Aldyr Schlee, a que se somaram um depoimento de João Gilberto Noll e o trabalho de um editor – e poeta – sensível, Alfredo Aquino e sua ardotempo.

 

É um livro sobre o Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas. O que poderia ser uma peça de ardor clubístico, transforma-se numa reflexão sobre o ser humano. A arte soberba de Gilberto Perin seguiu parte da campanha do Brasil no ano passado, entre vitórias e derrotas, momentos de desânimo e euforia. Os protagonistas são os próprios jogadores, captados em diferentes vestiários e túneis. Os jogadores não são identificados. O fotógrafo capturou suas imagens e dividiu-as em secções que indicam os elementos que perpassam os vestiários: a preparação do jogo, a fé religiosa dos atletas, a dor, a solidão dos expulsos de campo.

 

O capítulo da fé impressiona: são pequenas imagens de santos, galho de arruda atrás da orelha, Jesus Cristo e Iemanjá, rezas coletivas. Já a preparação mostra a indigência de alguns vestiários, com suas duchas de plástico, azulejos faltantes, paredes cobertas de mofo. A glória das vitórias e o desalento das derrotas constituem uma das partes mais dramáticas – mas ambas se parecem, em seus efeitos psicológicos: choros e abraços.

 

Costurando as fotos e dando-lhes uma identidade única, está o texto de Aldyr Schlee, escritor de Contos de Futebol e, cabe repetir sempre, criador do uniforme da seleção canarinho. É dele esse resumo impecável: o vestiário “é um mundo fechado e interdito de onde os homens saem mudos e deslembrados; de onde, logo, já não se sabe e não se diz o que se viu ou se ouviu; de onde, depois de tudo, já não se recorda o que se fez ou o que se deixou de fazer”.

 

O depoimento de João Gilberto Noll comove também pela síntese, capturando o instante sem tempo das fotos: “Vemos jogadores em um campeonato de segunda divisão num intimismo viril, nos toscos vestiários, alguns ensaboados debaixo dos chuveiros, entre confidências discretas, surdos palpites talvez”. A apresentação de Alfredo Aquino é um sumário que revela: “O que vemos neste livro está antes do apito inicial e logo após o apito final, ou seja, sem a competição, sem a luta e sem o lúdico...” E podemos completar: trabalhado com esmero e paixão, uma obra de arte superior.

 

Luiz Antonio de Assis Brasil - Escritor

publicado por ardotempo às 17:07 | Comentar | Adicionar
Quarta-feira, 27.07.11

Uma pintura, uma fotografia?

Um homem e seu cão

 

 

 

 

Giacomo Favretto - Sem titulo - Fotografia (São Paulo Brasil), 2011 -

Uma fotografia com cores e texturas que lembram uma pintura de Edward Hopper. Bravo, Giacomo Favretto!!!

 

 

 

publicado por ardotempo às 21:05 | Comentar | Adicionar
Segunda-feira, 25.07.11

Existe gato vermelho?

M.U.L.U.D.

 

 

 

 

Giacomo Favretto - Mulud, o gato vermelho (São Paulo Brasil), 2011

publicado por ardotempo às 22:23 | Comentar | Adicionar
Domingo, 10.07.11

Bastidores do teatro, do circo e da dança

 

Exposição de Fotografias - THOLL e Gilberto Perin

 

Theatro São Pedro - 12 de julho - 19h - Porto Alegre RS Brasil

 

As imagens dos bastidores do teatro, do circo e da dança - Atrás da cortina vermelha

Fotografias inéditas de Gilberto Perin

 

 

 

 


 


 


publicado por ardotempo às 22:57 | Comentar | Adicionar

"O álcool matou meu pai"

 

Paris, 21 de junho de 2010 - O fotógrafo caminha pela cidade (II)

 

 

 

Pierre Yves Refalo - Paris, 21 de junho 2010 - Fotografia (Paris, França), 2010

publicado por ardotempo às 14:57 | Comentar | Adicionar
Sexta-feira, 08.07.11

O homem da bolha de sabão

 

Paris, 21 de junho de 2010 - O fotógrafo caminha pela cidade (I)

 

 

 

 

Pierre Yves Refalo - Paris, 21 de junho 2010 - Fotografia (Paris, França), 2010

publicado por ardotempo às 19:18 | Comentar | Adicionar
Segunda-feira, 04.07.11

Segredo nos vestiários - As fotografias de Gilberto Perin

 

Lançamento HOJE - 19h - Livraria Cultura

 

 

 

 

 


publicado por ardotempo às 12:55 | Comentar | Adicionar
Terça-feira, 28.06.11

Sexta-feira 1º de julho - Dia de CAMISA BRASILEIRA

Lançamento do livro no Museu do Futebol em São Paulo

 

Convite a todos os amigos deste blog e dos autores do livro: Gilberto Perin, Aldyr Garcia Schlee e João Gilberto Noll.

 

 

 

 

 


publicado por ardotempo às 12:24 | Comentar | Adicionar

Editor: ardotempo / AA

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