Permanência

 

A quem se vê


 

Um pássaro sobrevoa seus antigos domínios.

Ali está o cheiro da chuva na terra

A sombra de Deus oculta pelos philodendros

O rumor sem fim da fonte dos leões.

 

Estátua grega resplandescente

na feroz luz do ângulo sem cota

é o rochedo seguro.

Alta torre do observador

dos que vivem e não vêem.

 

Frágil peito de plumas alaranjadas,

o pássaro da terra

constrói sua letra secreta,

pousa sobre a palavra de prata.

 

 

 


 

 

 


 

publicado por ardotempo às 15:10 | Comentar | Adicionar