Futebol é catástrofe anunciada
No Brasil (e talvez em outros lugares, outros países)
É o sinônimo da violência bestial e sem autoria. Desmanchado numa geléia anônima de impunidades e irresponsabilidades. Todos, aparentemente, aceitam que assim seja. Falam em paixão e fervor para justificar o que procuram esconder. Existe lavagem de dinheiro a todo minuto. Tráfico e outros tráficos. De influências e de interesses. De populismo. De gente, de sangue, de substâncias, de ambições, de concreto. A gangorra planejada do valor das ações, a essência da publicidade, a mentira e a dissimulação. Todos admitem que assim seja. É o drible humilhante. Superfaturamento subtraído ao que é mais precioso para as pessoas: o seu tempo. Migração e drenagem dos recursos da educação, da saúde, da cultura e da consciência estrita. Todos aceitam silenciosamente que assim seja. O futebol é um vício e uma praga. Pior do que o cigarro, pior do que o álccol, produz mais vítimas porque tem muito mais aficcionados e ninguém alerta para os riscos nem sugere moderação em seu consumo.