A felicidade não existe

A ilusão inventada

 

É uma mentira, um truque de ilusionistas, demagogos e trapaceiros, uma aposta no escuro, perdida, a fraude de vigaristas mentirosos, manipuladores dos incautos e dos crédulos. É uma palavra triste e sem consistência. Não é um conceito e tampouco se tangibilza. Nem dinheiro é o seu sinônimo. Jamais alcança concretude. É uma abstração demencial, uma névoa embriagadora, hipnótica. Uma droga, um vício que resulta inevitavelmente em tragédias. São instantes efêmeros de interpretação subjetiva portanto questionáveis e não substantivos. Sempre, em todos os casos, o final piora e termina mal, fúnebre, friamente.

 

Existe a alegria, a natureza, a saúde, os afetos, a frugalidade, as amizades, as viagens, os reencontros, as saudades, a arte, as realizações de trabalho individual, a leitura, a sorte, a vida. Viver a vida intensamente é o minuto e isso pode ser uma canção, uma palavra perfeita, uma cor inesquecível, a beleza exata. A vida não tem depois.

publicado por ardotempo às 23:59 | Comentar | Adicionar