Dezoito aforismos de um polonês genial
em 1909, mestre em aforismos, que escapou de um campo
de concentração nazista vestindo um uniforme de soldado alemão para logo integrar-se à resistência polonesa contra a opressão nazista e que foi capaz de dizer a um amigo
polonês, seu tradutor para o inglês, às vésperas de sua
morte em 1967, já fragilizado pelo câncer que tomava impiedosamente grande parte de seu corpo :
“Veja, já não sou um judeu, sou apenas meio judeu…”
Ele escreveu aforismos desse nível:
• Muitos bumerangues não retornam: preferem a liberdade.
• Conselho a escritores: às vezes é necessário parar de escrever.
Inclusive, antes mesmo de começar.
• Até a sua ignorância é uma enciclopédia.
• O dedo de Deus nem sempre deixa as mesmas impressões digitais.
• Os ideais não são para idealistas.
• Pense antes de pensar!
• É uma pena que a viagem para o Paraíso seja dentro de um ataúde.
• “Eu só o ameacei com um dedo”, disse, apertando o gatilho.
• Afaste-se um pouco do caminho da Justiça. Ela é cega.
• Entre dentro de si mesmo, sem bater.
• O mundo é belo. Isso é justamente o mais triste.
• A força da Arte: podem existir heróis covardes.
• A Revolução Francesa demonstrou com o exemplo que aqueles que perdem são os que perdem a cabeça.
• No princípio era o Verbo; no final, a verborragia.
• O que acontece ao diabo quando deixa de acreditar em Deus?
• Na guerra das idéias normalmente são as pessoas que morrem.
• Insônia: enfermidade comum nos tempos em se obriga homens e mulheres a fechar seus olhos frente a muitos acontecimentos.
• O carrasco geralmente se esconde sob uma máscara: a da justiça.