Os três livros do ano

Cronópios
 
Fui convidado pelo editor e escritor Edson Cruz, de Cronópios a indicar os meus três livros, do ano de 2008. Aí estão eles:
 
Machado e Borges - Luís Augusto Fischer - Arquipélago Editorial
 
 
Um notável ensaio sobre Machado de Assis e Jorge Luis Borges, escrito com lucidez e profundidade e que aponta com frescor, leveza e contemporaneidade, luzes e identidade sobre os dois grandes autores latino-americanos.
Escolhido como o Prêmio Livro do Ano Açorianos 2008.
 
Paris não tem fim - Enrique Vila Matas - Cosac Naify
 
 
Um romance magnético sobre Paris, que é a comprovação pelo autor que Paris é sempre singular e individual, a cidade que é a de seu habitante ou visitante, peculiar e intransferível, seja ela a de Hemingway, a do próprio Vila Matas, a de Kafka ou a do leitor. Vale no final a imaginação de quem a interpreta, de quem a decodifica e essa será a verdadeira e definitiva Paris. Um grande livro.
 
O meu nome é Legião - António Lobo Antunes - Dom Quixote (Lisboa)
 
 

Potente e denso romance de Lobo Antunes, uma espécie de sinfonia literária, tonitroante, intensa, entremeada de fermatas e resultando bastante original, que nos surpreende com intensidade, comprovando aquilo que o autor afirma: "que somente ele escreve dessa maneira". O fato é genuíno e esse romance é um bom jeito de se descobrir e de se empolgar com essa forma contemporânea, muito particularizada pelo autor, de criar uma escrita algo sublime e um ritmo literário de estilo único. 

publicado por ardotempo às 17:10 | Comentar | Adicionar