Segunda-feira, 12.10.09

Nuit Blanche, em Paris

 Paris, 2009

 

 

 

 

 

Fotografias de Eric Tenin - Publicadas no blog Paris Daily Photo (Paris França), 2009

publicado por ardotempo às 23:37 | Comentar | Adicionar

A piscina

Fotografia

 

 

 

 

Gilberto Perin -  Piscina - Fotografia (Rio de Janeiro RJ Brasil), 2009

publicado por ardotempo às 20:53 | Comentar | Adicionar

Poesia


Mapa do náufrago

 
 
Tem uma coisa
 
tem uma coisa que vi
que não quero desver,
uma lembrança 
que não quero esquecer,
um lugar que não quero
deixar, 
alma silenciosa.
 
tem um mar que atravessei
que me atravessou,
um sal entranhado na pele
que não quero raspar,
uma viagem que mingua  
a lua, 
alma inquieta 
 
e por não saber,
a cada manhã acordo
com a mesma imagem,
da noite clara e distante 
no mapa do céu invernal
onde naufraguei, 
alma cansada!
 
 
 
 
© Isolde Bosak
© Fotografia de Gilberto Perin

publicado por ardotempo às 18:59 | Comentar | Adicionar

Bikini

“Bikini” dava medo
 
Luis Fernando Verissimo
 
“Bikini” dava medo. Era o nome de um remoto atol no Pacífico onde os americanos faziam seus testes com bombas nucleares.
 
Especulava-se sobre os efeitos dos testes na atmosfera e da sua irradiação na humanidade. Lembro-me de um filme de ficção científica da época em que um iate desavisado passava muito perto da zona dos testes e seus ocupantes, quando voltavam para casa, começavam a virar monstros.
 
E notícias de Bikini eram lembretes constantes da possibilidade de uma guerra nuclear que nos liquidaria a todos. Mas as notícias constantes também popularizaram o nome, que foi adotado para o maiô de duas peças reduzidas que começava a aparecer nas praias.
 
Não sei de quem foi a ideia de chamar o novo maiô de bikini, nem se havia outro motivo para usar o nome além do fato de ele estar em evidência. Talvez uma alusão ao poder demolidor de um belo corpo exposto de maneira inédita?
 
De qualquer maneira, o nome pegou. Dizem que o atol de Bikini ainda brilha no escuro e peixes mutantes nadam ao seu redor. A ameaça nuclear não terminou. Mas, para o consumo do mundo, a banalidade derrotou o terror.
 
Em 1957, para espanto de todos e embaraço dos Estados Unidos, a União Soviética pulou na frente na corrida espacial, lançando o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik.
 
Os americanos responderam acelerando o seu próprio programa espacial, que acabou colocando um homem na Lua, mas durante algum tempo tiveram que conviver com aquela prova da superioridade científica dos russos girando sobre suas cabeças.
 
Mesmo se, como diziam os cínicos, a única vantagem dos russos sobre os americanos era que tinham ficado com melhores cientistas alemães no fim da Segunda Guerra Mundial, para todos os efeitos de propaganda e auto-estima a competição era entre dois sistemas, e o comunista estava ganhando.
 
Mas se sentiam-se ameaçados pela coisa, os americanos adoraram o seu nome. Em pouco tempo o sufixo “nik” passou a ser usado para tudo nos Estados Unidos. Membros da geração “beat” ficaram conhecidos como “beatniks”, embora em nada lembrassem uma bola dando voltas na Terra e fazendo “bip, bip”.
 
Ou talvez, às vezes, lembrassem. No caso do Sputnik, também ganhou a banalidade.
 

© Luis Fernando Verissimo 

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publicado por ardotempo às 14:51 | Comentar | Adicionar

Carta

Pintura

 

 

 

Carta - Pintura - Óleo sobre tela

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publicado por ardotempo às 14:20 | Comentar | Adicionar

Um dia bom...

12 de outubro

 

Dia de mão quebrada, menos pesada, dura em tala rígida, também duros e inchados, os dedos. Mais leve a tala. Mais fácil de saber à reconstituição. A vida passa muito depressa, muito depressa.

Escrever um livro, todos os dias.

"Leva-me aos fados..." ; escute a música de Ana Moura.

 

A chuva não para mas os pensamentos também não. 

A ação mesmo que pouca, é muita. É necessário fazer mais, é necessário saber mais. O que sei é que pouco sei. É necessário buscar mais, mais,  mais e mudar tudo. Fazer mais livros, mais pinturas, mais desenhos, mais exposições, mais projetos. E tudo que se fizer será muito pouco, insuficiente. Nada. O caos e a imperfeição trazem mais ordem que a artificial ordenação acadêmica. O dentes tratados pelos dentistas ficam piores que a natureza – no inicio produzem dor e desconforto e no final, perdem-se.

 

A palavra escrita é que importa. Os livros...A arte. A pintura, o desenho, o carinho, a lembrança do paraiso.

É o que resta e perdura.

A mão quebrada é metáfora da vida, quebrada, imperfeita, mas ativa, necessária e talvez ainda capaz de realizar algo consistente e original. Ou seja, diferente do que se fez antes.

 

O tempo passa, a memória guarda os acertos e os erros – o que é a beleza, o que é a feiúra e, como conta o contista num conto no limite, "assim é a vida".

 

 

 

 

publicado por ardotempo às 14:08 | Comentar | Adicionar

Noite Branca

Noite

 

 

 

 

Gilberto Perin - Noite em Porto Alegre - Fotografia (Porto Alegre RS Brasil), 2009

publicado por ardotempo às 05:18 | Comentar | Adicionar

Chuva

Chuva em Paris

 

 

 

 

Eric Tenin - Chuva na Defense - Fotografia (Paris França), 2009

publicado por ardotempo às 05:13 | Comentar | Adicionar

Editor: ardotempo / AA

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