Quinta-feira, 02.10.08

A linha de sombra

Fotografia

 

 

Mário Castello - A linha de sombra / Serra da Mantiqueira - Fotografia, 2008

publicado por ardotempo às 20:07 | Comentar | Adicionar

Carpinejar explicou o Canalha! no Sarau Elétrico

"– Desejo passar o resto da minha vida com você."

"– Não, uma vida com você nunca será resto."

 

Carpinejar falou a noite inteira procurando demonstrar que o conceito "canalha" traz algumas nuances virtuosas e simpáticas ao revés do crápula e do cafajeste, que seriam, estes sim, os adjetivos realmente comprometedores e patológicos. Afirmou que os homens apreciam ser chamados de "canalhas" (sem a concordância da platéia masculina presente, em especial com a discordância veemente e sempre irônica do Prof. Cláudio Moreno) e que todas as mulheres tem uma queda em vertigem pelos canalhas (também com a pronta discordância da platéia feminina presente, em expressiva maioria no Sarau e representada no palco por Cláudia Tajes e Katia Suman)

 

Foi divertido, com muitas risadas de todos mas Carpinejar não convenceu ninguém com sua tese mirabolante. O Sarau Elétrico estava lotado, teve apresentação de rock RS e o autor assinou muitos autógrafos de seu novo livro durante a longa noitada de leituras (textos de Carpinejar, Machado de Assis, Rubem Fonseca e da Grécia dos deuses). Como sempre o Sarau contou também com a presença de Luís Augusto Fischer.

 

 

 

publicado por ardotempo às 19:31 | Comentar | Adicionar

O vendedor de pipocas

Deu no New York Times

 

Sabe quem aparece nesta semana em sexto lugar na lista do The New York Times dos livros mais vendidos nos EUA? O Alquimista, de Paulo Coelho, lançado há exatamente vinte anos aqui no Brasil. O livro está há mais de um ano consecutivo no levantamento feito em milhares (sic) de livrarias do país, segundo o jornal. A Bruxa de Portobello, o último romance de Coelho lançado no exterior, também está na lista do NYT, mas em 34º lugar. Nos EUA, O Alquimista já vendeu 6,5 milhões de exemplares. No mundo, 35 milhões, ou cerca de 35% de tudo o que Paulo Coelho já publicou na vida.

É estranho e algo decepcionante constatar isso mas também parece natural e coerente com nossos tempos de consumo irrefreado, superficialidades, inconsciência, fuga da realidade e necessidades crescentes de auto-ajuda.

Não lemos, na realidade, esses livros de Paulo Coelho mas sabemos que vendem aos milhares dentro do conceito de best-seller pipoca. Sobre que tipo de pessoa os compra não se sabe bem ao certo. Melhor para ele, o autor e bom para suas editoras no mundo todo, mas esses textos que se apresentam tão frágeis, nem devem ser chamados de literatura, conceito que confere o mesmo espaço para os livros de Machado de Assis, de Jorge Luis Borges, de Fernando Pessoa, de Miguel Torga, de Ignácio de Loyola Brandão, de Rubem Fonseca, de José Saramago , Mia Couto, Aldyr Garcia Schlee e António Lobo Antunes. 

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publicado por ardotempo às 18:46 | Comentar | Ler Comentários (2) | Adicionar

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