Sexta-feira, 31.10.08

Pintura de Arcangelo Ianelli

A obra-prima figurativa

 

 

 

Arcangelo Ianelli - Retrato de Katia - Pintura -  Óleo sobre tela, 1956 

tags: ,
publicado por ardotempo às 10:09 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar

Pesqueiro

Excelente

 

Entre sempre e leia o ótimo blog de literatura de Luís Augusto Fischer : Pesqueiro  

tags:
publicado por ardotempo às 10:00 | Comentar | Adicionar

Pintura: Sérgio Gagliardi

Pintor, designer, videomaker, boêmio, contemporâneo

 

 

 

Sérgio Gagliardi - Composição: mesa de bar - Pintura,  óleo sobre tela - 2006

tags: ,
publicado por ardotempo às 02:38 | Comentar | Adicionar

São Paulo Vende Aluga 51

Fotografia

 

 

Mário Castello - Fotografia Urbana: São Paulo Vende Aluga 51- (São Paulo) 2008 

publicado por ardotempo às 02:26 | Comentar | Adicionar

A fotografia surpreendente de Mauro Holanda

 O cordeiro

 

Fotografia inédita de Mauro Holanda - O cordeiro, imagem presente na impressionante mostra Alma Descarnada - individual de fotografia de autoria do fotógrafo, programada para novembro de 2008, na Sala Arquipélago - Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre. 

 

 

publicado por ardotempo às 02:13 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar

Cristovão Tezza ganha o Prêmio Portugal Telecom

Prêmio para  O Filho Eterno

 

 

2008 é o ano do escritor catarinense Cristovão Tezza. Depois de ganhar o prêmio Jabuti de melhor romance com "O Filho Eterno" (com cerimônia nesta sexta, 31), a obra editada pela editora Record levou ontem (29) à noite o primeiro lugar do prêmio Portugal Telecom. O livro, que narra a relação entre um pai e um filho com síndrome de Down nos anos 80, também fora agraciado pela Associação Paulista de Críticos de Arte de SP em 2007 na categoria literatura e pelo Prêmio Bravo! Prime de Cultura, entregue na última segunda (27).

"É o livro mais marcante de minha vida, um livro que mostra maturidade e foi, sem dúvida, a obra mais difícil que eu já produzi", afirmou Tezza.

 O Portugal Telecom premia com R$ 100 mil o primeiro colocado, o maior valor para uma premiação literária no Brasil. O escritor português António Lobo Antunes e a escritora brasileira Beatriz Bracher dividiram os R$ 35 mil do segundo lugar, com os livros "Eu Hei-de Amar uma Pedra" (Objetiva) e "Antonio" (Editora 34), respectivamente.

 

Publicado no UOL - Universo Online

 

publicado por ardotempo às 02:00 | Comentar | Adicionar
Quinta-feira, 30.10.08

Gravura de Maria Inês Rodrigues

Carborundum

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sem Título - Maria Inês Rodrigues - Gravura em metal, chapa de cobre gravada com texturas, sob ação de carborundum, 2008

tags: ,
publicado por ardotempo às 11:24 | Comentar | Adicionar
Quarta-feira, 29.10.08

Altas Horas - Altas Velocidades

Dentro da noite veloz

 

 

Descendo a parte mais vertiginosa da Rua Joaquim Távora em seu final já nas proximidades do Instituto Biológico, no bairro de Vila Mariana, o grande fotógrafo da cidade de São Paulo, Mário Castello, em skate, nas horas mortas da madrugada, fotografado por Pierre Yves Refalo.

publicado por ardotempo às 23:38 | Comentar | Adicionar
Terça-feira, 28.10.08

Desenho

 O fruto

 

 

Alfredo Aquino - O fruto - Desenho aquarelado, a pincel, pena caligráfica e lâmina de canivete, sobre papel Montval, 2008

tags: ,
publicado por ardotempo às 16:42 | Comentar | Adicionar

Retratos Notáveis - 12

O ator

 

 

FotografiaRetrato de Steve McQueen (Londres)

Fotógrafo: Willian Claxton

publicado por ardotempo às 11:57 | Comentar | Adicionar

Fotografia de Orlando Azevedo

Fantasia absoluta

 

 

Fotografia - Movido a pés - Orlando Azevedo (Açores / Curitiba, Brasil) 

publicado por ardotempo às 11:50 | Comentar | Adicionar

Escultura - Louise Bourgeois

 Mármore rosa

 

 

Sem Título - Louise Bourgeois - Escultura em mármore rosa - 2002

publicado por ardotempo às 01:19 | Comentar | Adicionar

Pintura - Kader Attia

Técnica Mista

 

 

Sem título - Kader Attia - Pintura: acrílica em técnica mista sobre tela, colagens de lâminas de alumínio e serigrafia - Paris, 2006 

tags: ,
publicado por ardotempo às 01:18 | Comentar | Adicionar
Domingo, 26.10.08

Carassotaque - por Aldyr Garcia Schlee

"Pareceria que, de fato, para o novelista de linhagem definida como fantástica, aquele que descreve mundos irreconhecíveis e notoriamente inexistentes, não se cogitaria sequer o confronto entre a realidade e a ficção. Na verdade, cogita-se sim, embora de outra maneira. A irrealidade da literatura fantástica torna-se, para o leitor, o símbolo ou a alegoria, o que significa dizer, a representação de realidades e de experiências que se podem identificar na vida. O importante é precisamente isto: não é o caráter realista ou o fantástico de uma imaginação que vai traçar uma linha de fronteira entre a verdade e a mentira na ficção."

 

Mário Vargas Llosa - La verdad de las mentiras 

 

 

LUGARES MARAVILHOSOS E OS 
RETRATOS DO POVO DE UM LUGAR
 
Aldyr Garcia Schlee
 
 
Lendo Carassotaque, de Alfredo Aquino, pus-me diante de um dos lugares maravilhosos (fantásticos, extraordinários, assombrosos, incríveis, inauditos), que só a literatura pode oferecer. Um mundo de sonho - às vezes inquietante, às vezes delirante; e de sonhadores - sempre surpreendentes e admiráveis.
 
O primeiro mundo de sonho que freqüentei foi Ophyr, onde a cada três anos as naus mandadas fazer pelo rei Salomão iam buscar ouro, prata e marfim - e surpreendentes bugios e pavões. Um lugar até hoje perdido na Bíblia e nos mapas, cujo nome com p-h-y encantava o guri de dez anos que eu era, além de povoar minha imaginação com sua inacessível fauna e sua inesgotável riqueza.
 
Quando meu tio Oscar passou a ler para mim a Odisséia, em espanhol, estive em todos os lugares mágicos de Homero, ilha a ilha, cidade a cidade, pelo mar e pelo céu, pelas cavernas e rios profundos, às voltas com as entidades mais extraordinárias e fantásticas que haveriam de me acompanhar para sempre; mas nunca esqueci os pequeninos e tenebrosos mundos insulares de Esquila - devoradora de pobres marinheiros inadvertidos - e Caríbide - que, apesar de toda a encantadora sonoridade de seu nome, era capaz de vomitar rios inteiros no mar, só para afundar em redemoinhos os navios de meus pesadelos.
 
Meu universo imaginário, estimulado pela mitologia e pelo cinema, encontrou no faroeste de Winnetou e no remoto oriente do Curdistão bravio duas referências geográficas importantes, logo complementadas pela selva africana de Tarzan. Mas, se Edgar Rice Burroughs ficou na África com seu homem macaco e não me fez ir além do mundo inventado de sua cidade esquecida de Ashair e de seu reino feminino de Alale, depois de eu andar perdido por seu continente de Pelucidar, o alemão Karl May (que nunca esteve nos lugares descritos e só parece ter estado nos lugares fabulados), esse alimentou a fantasia de todos os da minha geração além das inóspitas pradarias e dos intrépidos índios americanos, projetando-nos definitivamente em lugares e países de mentira tão maravilhosamente reais como os das
lendas de verdade, a partir do inesquecível Ardistão, cujo isolamento justificava seus segredos e enigmas; cujos déspotas tinham sempre o mesmo sonho, em que eram julgados por suas vítimas; e cuja capital Ard foi “a cidade dos mortos” (em que terá se inspirado Erico Verissimo, para criar a sua Antares). 
 
Como não me encantar, então, com a pequena ilha do desespero ou da esperança, de Robinson Crusoe - que meu professor de inglês nos fazia explorar nas páginas de Daniel Defoe? Como não me reencontrar pasmado com as memoráveis façanhas da Ilha do Tesouro, que meu tio Emílio já me contara sussurrando, com seu olho de vidro, como se fossem coisa sua e não da pena de Robert Louis Stevenson?
 
A literatura de viajantes, centrada na geografia, nos costumes, na flora e na fauna de lugares remotos, haveria de ceder lugar definitivamente à literatura de viagens - les voyages extraordinaires - na rota de cidades e mundos imaginados.
 
Dentre essas cidades e mundos imaginados não estou repassando aqui os paraísos e infernos do mundo mítico e dos lugares do futuro da science-fiction, nem nos conhecidos lugares reais do faz-de-conta que a necessidade e a engenhosidade de quem os descreve e aborda escondeu sob nome falso, como a Macondo de García Márquez; a Santa Fé, de Erico Verissimo; ou a Santa María de Juan Carlos Onetti; ou mesmo o impronunciável Yoknapatawpha de William Faulkner; a Balbec de Marcel Proust; o Wessex de Thomas Hardy.
 
Entre o fazer-de-conta que não se inventa e o fazer-de-conta que só se inventa estão os mundos e cidades e coisas da pura imaginação. Desde os mistérios das ruínas de Blackland, de Jules Verne; os sonhos da caverna de Alastor, de Percy Shelley; a beleza do domínio de Arnheim, de Edgar Allan Poe; o terror da mansão de Baskerville, de Conan Doyle - até os cavalos de Abdera, de Leopoldo Lugones; o açude de Winton, de Graham Greene; o castelo ou a colônia penal, de Franz Kafka; a biblioteca de Babel, de Jorge Luis Borges; o país mutante, de Salman Rushdie; a abadia da Rosa, de Umberto Eco; as dezenove ou vinte cidades invisíveis de Ítalo Calvino - tudo pura invenção e fantasia fora do palpável e do localizável. Trata-se de uma outra realidade, como é próprio da realidade literária; mas esta outra realidade é, sim, uma realidade sem par: a realidade literária posta fora da realidade concreta, idêntica apenas a si mesma e escamoteando o verdadeiramente fático para fazer de conta que não se supre dele, que pode viver e parecer sem ele, e que é só ela, sozinha, extraordinária.
 
De certa maneira, os territórios dos homens puros, sadios e organizados da isolada Bensalém, de Francis Bacon; como os dos gigantes de Brobdingnag e o dos pequeninos de Liliput, de Jonathan Swift - tanto quanto os lugares fantásticos do País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e o mundo colorido de Oz, de L. Frank Baum - são igualmente extraordinários, bem como a aventura de conhecê-los. Mas, se a magia destes lugares e deste mundo está impregnada da fantasia do reconhecidamente impossível, enchendo de encantamento sua realidade ficcional; a magia de Besalém e das terras de Gulliver reduz-se à fantasia do aparentemente possível, oscilando entre o natural e o sobrenatural, na reprodução do almejado e na construção de uma utopia.
 
Quando o Brasil ainda estava sendo descoberto, inventou-se uma ilha chamada Utopia, como um padrão perfeito de organização e de vida social. A Utopia, de Thomas More, desde então tem sido o modelo clássico desse tipo de literatura fantástica e alegórica, com uma característica muito própria - a de ser propositiva, além de inventiva: ela não se conforma em criar um mundo ideal e desejável; ela o propõe, como alegoria, à curiosidade, à crítica e à aceitação do leitor. 
 
É nessa trilha utópica - que Thomas More inaugurou e Francis Bacon seguiu, como tantos outros, descrevendo-nos e sugerindo-nos um mundo novo - que se inscreve, também Samuel Butler, com seu Erewhon, reino que guarda com Astral-Fênix, de Alfredo Aquino, uma coincidência: a sua presumível localização geográfica nas proximidades da Austrália (mas a oeste); revelando a dificuldade que existe para se encontrar no mundo real, conhecido e penetrável, um outro mundo simbólico e figurado que lhe sirva de lição.
 
Pois, vencendo essa dificuldade, Alfredo Aquino pôs sua insular República Federal de Austral-Fênix igualmente na Oceania, mas entre a Nova Zelândia e a América do Sul.
E, desde o detalhamento preciso de sua delimitação marítima, oferece-nos sua alegoria sob o intrigante título de Carassotaque.  
 
Austral-Fênix é um incrível país em que as pessoas não têm olhos, boca, ouvidos... Suas feições se apagaram, apagaram-se seus rostos; e desapareceram suas caras, desapareceram suas cabeças. Quase repentinamente, as pessoas passaram a perder os seus rostos e as suas próprias cabeças, que já não podiam ser vistas em qualquer situação. Ninguém via a cara de ninguém: “era como se os olhares não se cruzassem nunca”. Havia passado um longo período de despotismo em que todos, indistintamente, tinham se dobrado à submissão e ao medo: ninguém mais fora capaz de encarar ninguém nas ruas, nos lugares públicos, rosto-a-rosto, olhos nos olhos, mesmo em casa, nas famílias. Aos poucos, todos baixaram as vistas, foram deixando de se ver - até que os rostos já não podiam ser vistos, as cabeças deixaram de ser vistas. Mas as cabeças continuaram existindo, estavam lá, íntegras, vivas, pensando; podiam até ser tocadas, sentidas pelo tato, e isso ninguém ousava fazer, pois elas tinham desaparecido. 
 
Elas eram vistas através das lentes. Eram vistas nas publicações, nas emissões de TVs, nas imagens fotográficas, nos cartazes de rua, nos filmes, em tudo que era impresso - e nos espelhos.
 
No espelhismo de sua novela, Aquino utiliza um recurso característico do texto alegórico: a simplificação da escrita que aumenta e facilita a clareza da leitura; que, ao mesmo tempo, conduz e induz facilmente o leitor pelo estranho mundo descrito como se fora seu próprio mundo, ressaltando a alegoria do texto e impondo a reflexão (o refletir) entre o suposto e o acontecido, entre o inventado e o não-inventado, entre o que foi e o que poderia ter sido. Ele nos coloca diante de imagens em que nos vemos, envolve-nos em situações que nos comprometem, remete-nos a um incrível mundo em que acabamos por acreditar - embora não nos vejamos nele.
 
Em Austral-Fênix acreditava-se que o desaparecido nunca mais reapareceria: os rios, a floresta, os peixes, os rostos das pessoas... Mas, curiosamente, há em Austral-Fênix uma antiga canção popular que também diz: “Olhando no fundo dos teus olhos, vejo direto o teu sentimento; é a minha verdade o que atina o momento...” E há espelhos. E a fotografia; e fotógrafos. E revelações.
 
O espelhismo da novela de Alfredo Aquino, ficcionista, já se antecipara no espelhismo das pinturas do artista Alfredo Aquino, reproduzidas em um precioso álbum intitulado Alfredo Aquino - 25 Cartões Postais, publicado em 1995, numa primorosa edição Animae. Na apresentação desse livro de arte, Ignácio de Loyola Brandão já havia percebido que os rostos desapareciam nas pinturas de Aquino.
 
E - perguntando “onde estão os rostos da humanidade?” - observava que num mundo cada dia mais densamente povoado, as multidões enchem as ruas e o indivíduo desaparece, cancelando-se o eu em favor de uma turba sem rosto.
 
A propósito dessa peculiaridade da obra pictórica de Alfredo Aquino, Ignácio dizia: “hoje, quando, navegamos em razoável democracia, olhamos para os quadros de Alfredo Aquino e nos perturbamos com a quase total ausência de rostos. Ou melhor, os rostos existem, mas não os traços que definem olhos, boca, nariz, queixo. Acabamos transformados em um povo sem olhos - e como é possível adivinhar a alma, se os olhos inexistem? E como é possível falar, respirar, viver neste mundo sem boca e sem nariz? Aqui e ali, nem a cabeça existe, o que se vislumbra é algo deformado, não humano, irreal. Aquino retrata a perplexidade do homem dentro de uma realidade povoada por medo”.
 
Demonstrando a inquietação do povo brasileiro ante a falta de estabilidade e de trabalho, ante o aumento dos preços e a impossibilidade de se programar o futuro, ante a ausência de líderes e de administradores, ante a voracidade do empresariado, e lamentando a inconsciência cívica de todos nós, Ignácio encontra e revê nessa realidade, os homens e mulheres sem rosto do pintor. Percebe que tal realidade se amplia porque a inquietação não é somente brasileira; e conclui que nisso Aquino revela sua universalidade: “os homens sem rosto estão por toda a parte”.
 
Passaram-se treze anos desde a publicação desse livro de Alfredo Aquino e desde que se divulgou o texto acima citado de Loyola Brandão. O pintor Alfredo Aquino publicaria em 2004 Cartas/Lettres (Iluminuras), em parceria com o mesmo Ignácio de Loyola Brandão, para - finalmente, em 2007 - lançar seu primeiro livro como escritor: A Fenda (Iluminuras), no qual Luis Fernando Verissimo encontrou “um artista da palavra”.
 
É diante desse pintor e escritor que o leitor deste livro (Carassotaque) agora se vê e se encontra.
 
Aldyr Garcia Schlee 
Capão do Leão, fevereiro de 2008
 

publicado por ardotempo às 22:30 | Comentar | Adicionar

Retratos Notáveis - 11

 O fotógrafo e sua musa

 

 

 

Fotografia: Retratos de Pierre Yves Refalo e Katia Sanson (São Paulo), 2008

Fotógrafo: Mário Castello

publicado por ardotempo às 18:21 | Comentar | Adicionar

Aforismo Borgesiano - 42

Conferência

 

 

"É um gênero frívolo.

O conferencista deve ser um pouco ator.

Além disso, as pessoas da platéia parecem desejar que ele lhes fale o que elas já sabem..."

 

©Jorge Luis Borges / Borges Verbal, Emecé Editores – Buenos Aires  Argentina 

 

publicado por ardotempo às 18:07 | Comentar | Adicionar

Poema Inédito de Jaime Medeiros Jr

Sempre quis contar

 

Sempre quis contar história

uma história bonita

pra uma menina bonita

mas nunca soube direito

o que dizer

pra além da face rubra

da vergonha de não saber

 

mas a menina bonita

travessa

sempre soube

o que eu queria dizer

e fingiu

num fingir redondo

e modesto que não sabia

do meu não saber

 

mas hoje vim saber com ela

se ela ensina a desatar o nó

do não dito

do silêncio

que hoje quero

pra sempre

desdizer.

 

 

 

© Jaime Medeiros Jr. , 2008

Fotografia de Mário Castello - Fotografia da Série Mantiqueira, 2008

publicado por ardotempo às 17:50 | Comentar | Adicionar

Arquitetura

Centro Georges Pompidou - Beaubourg 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arquitetura - Renzo Piano - CNAC  Museu de Arte Contemporânea em Paris, França 

publicado por ardotempo às 17:25 | Comentar | Adicionar

Lilith - Pintura de Anselm Kiefer

Paisagem aérea da cidade de São Paulo (Brasil), em pintura 

 

 

Anselm Kiefer - Pintura - Lilith - Óleo sobre tela, chicote e fios de cobre - 1987/1989

tags: ,
publicado por ardotempo às 17:23 | Comentar | Adicionar
Sábado, 25.10.08

Escultura monumental - Henry Moore

Escultura pública em bronze

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vertebrae - Henry Moore -  Escultura monumental (7 metros de comprimento) em bronze - 1968 (Israel) 

publicado por ardotempo às 18:42 | Comentar | Adicionar
Sexta-feira, 24.10.08

Pesqueiro, de Luís Augusto Fischer

Número apagado

 

Luís Augusto Fischer

 

Faz anos eu li um livro que me comoveu muito. Ele se chama, em português, Enterrem-me em pé — A longa viagem dos ciganos (Cia. das Letras, tradução de José Rubens Siqueira). A autora se chama Isabel Fonseca, e com esse nome muito latino ela é norte-americana, com ascendência, diz a orelha do livro, hispânica e húngaro-judaica. Trata-se de um livro jornalístico sobre os ciganos, um relato de viagem feita pela autora para as remotas regiões dos Bálcãs, aquela região da antiga Iugoslávia, hoje em dia uma pulverizada em Macedônia, Sérvia, Croácia, mais Romênia, Albânia e outros países. (Quando estourou a guerra genocida do senhor Milosevic, o Luis Fernando Verissimo fez a piada de que nos Bálcãs a história fica parada, enquanto a geografia se mexe.)
  

 

Eu lembrava muitas coisas esparsas sobre o livro, histórias de muita pobreza e ao mesmo tempo de muita intensidade. A edição brasileira é de uns dez anos atrás, 1996 (e, oh, má qualidade dos livros brasileiros, já está com as páginas manchadas, como se tivesse 50 ou cem anos o volume).

 

Uma das histórias havia ficado na minha lembrança, também de forma imprecisa, o que me fez retomar o volume para tentar localizá-la agora. Trata-se um momento de sublime patético, ou de patético sublime, relacionado a uma senhora cigana que, como a maioria das mulheres de sua condição étnica, não sabia ler. Retomado o livro, agora posso contá-la com mais precisão.
  

 

Ocorreu que a jornalista Isabel Fonseca estava convivendo por uns tempos com uma família de ciganos em Tirana, na Albânia, para conhecer seu cotidiano (o que já vale a leitura do livro), e o chefe da família resolveu visitar uns parentes seus que viviam mais retiradamente ainda, numa região rural, na cidade de Mrostar. Para os ciganos da capital, tratava-se de uma viagem ao passado, por assim dizer: os parentes de Mrostar eram muito mais pobres do que os já pobres habitantes de Tirana. 
  

 

Tratava-se na verdade de um campo de cabanas e choças muito precárias, algumas das quais sequer permitiam que o habitante ficasse de pé dentro delas. Os que ali viviam nem tinham notícia clara de pertencerem a um grupo étnico que contava com milhares e milhares de componentes que viviam em localidades bastante próximas; era como se os habitantes daquela aldeia vivessem isolados, sem contato, sem referência, sem mesmo as práticas tradicionais dos ciganos. Uma tristeza, uma desolação, para todos os que ali estavam de visita, e muito particularmente para a jornalista norte-americana.

 

Na hora das despedidas, uma senhora bem velha, magra, extremamente pobre, pendura-se na manga da Isabel, fazendo sinal de que queria mostrar-lhe alguma coisa. O que seria? A cigana mexe no bolso do avental que trajava e tira dali um papel velho, um pedaço já pequeno de papel, que ela trazia muito dobrado, reduzido ao tamanho de uma unha. Ela o pega e desdobra parte por parte aquele amarrotado; quando está todo aberto, ela o coloca na altura adequada para a leitura da visitante, perto dos olhos.

 

Diz Isabel, desolada: “Não vi nada — talvez uma mancha de sujeira. Peguei o papel de sua mão e verifiquei o outro lado. Nada. A não ser por algumas marcas de dedos, estava em branco.” A velha cigana, então, chateada, dobra de novo o papel e o coloca no mesmo fundo de bolso do avental.
  

 

Isabel Fonseca não falava com total destreza o dialeto da velhinha, mas foi capaz de entender o que ela dizia com auxílio dos outros ciganos. E soube, então, que ali, naquele papel, ela dizia que estava escrito o número do telefone de seu filho que tinha se refugiado na Itália.

 

Se ela era analfabeta, o que parecia provável, jamais havia lido os números, e o que tinha visto ali já era uma abstração”, comenta a jornalista. De todo modo, a velhinha desejou boa sorte à visitante que não havia sabido ler o tesouro que naquele papel ela guardava com tanto zelo: “Te xav ka biav”, o que literalmente significa “Que eu possa comer em seu casamento”. Era todo um bom futuro, com casamento e festa, o que a idosa cigana desejou para a moça.
  

 

O relato do livro dá conta do estado de espírito de Isabel nessa hora. Ela quase chorou ao presenciar a cena. Assim também eu, quando li pela primeira vez essa história. O que a história guarda é qualquer coisa de muito estranho, misturado com algo de muito familiar. Uma mãe lembrar do filho ausente e desejar restabelecer contato com ele, que agora está no estrangeiro batalhando pela vida, é coisa que qualquer um de nós entende e sabe sentir; por outro lado, uma analfabeta que sequer sabe distinguir entre coisas escritas e não-escritas (ou apagadas), numa total inaptidão para o que nós podemos considerar como um mínimo da civilização, é de arrepiar, de tão distante de nossa vida. 
  

 

Eu nunca me imaginei sem saber ler. Só um dia, depois de adulto, senti algo parecido, quando por algumas horas estive na cidade de Tânger, no Marrocos — vai-se de barco desde Algeciras, no extremo sul da Espanha (por sinal a terra natal do grande violonista Paco de Lucía), perto de Cádiz, pela manhã, e volta-se à tarde, numa viagem turística regular.

 

Na velhíssima cidade árabe, eu me senti acossado pela impossibilidade de entender o que se falava e pela incapacidade de ler as placas, quase todas escritas em árabe (se bem que muitas vezes, em atenção aos turistas, com tradução para o espanhol, o francês ou o inglês). Mas eu sabia que logo estaria de volta ao planeta das línguas conhecidas, que me permitiriam me movimentar sem dificuldades.
  

 

Qual o valor de saber ler, então? Nós, que sabemos ler e escrever quase tanto quanto sabemos respirar, jamais saberemos aquilatar o valor de tal conhecimento. Mas isso mesmo deveria nos alertar para a necessidade absoluta de oferecer alfabetização para todo mundo, em qualquer idade, e escola decente para todas as crianças e os jovens. Nem que seja para que qualquer pessoa, em qualquer circunstância, possa anotar o telefone do filho distante e, depois, telefonar para ele.

 

Publicado no blog Pesqueiro 

tags:
publicado por ardotempo às 17:11 | Comentar | Adicionar

Mensagem no ônibus

 Rodando pela cidade

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"É provável que Deus não exista. Agora pare de se preocupar e desfrute sua vida."

 

Mensagem atualmente fixada em 30 ônibus de tranporte público, pelo período de quatro semanas, em Londres, Inglaterra.

 

Você pode imaginar isso aqui no Brasil? 30 ónibus públicos, com tal mensagem em português, fixada em suas laterais e traseiras, circulando no meio do tráfego engessado de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador ou Porto Alegre?

 

Publicado no blog Der Terrorist

tags:
publicado por ardotempo às 16:50 | Comentar | Adicionar
Quarta-feira, 22.10.08

Esculturas na rua

Fotografia 

 

 

Duas esculturas em bronze, representando Luiz Gonzaga, o sanfoneiro e Jackson do Pandeiro, o percussionista, em tamanho natural. estão colocadas sobre o passeio público, na margem do Açude, em Campina Grande, Paraíba, Brasil - Fotografia de Mário Castello

publicado por ardotempo às 11:26 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar
Segunda-feira, 20.10.08

O futuro do passado

Das inumeráveis atualidades

 

Ferreira Gullar

 

Como se sabe, a história não caminha em linha reta e tampouco os processos econômico, tecnológico e ideológico gozam da mesma atualidade em todos os pontos do planeta. Daí porque García Márquez, em "Cem Anos de Solidão", inventou a cidade de Macondo, onde tudo acontecia com enorme atraso, se comparado com os centros mais desenvolvidos. Não por acaso, Macondo se situa precisamente na América Latina.

Eu mesmo nasci em Macondo, ou seja, na São Luís do Maranhão dos anos 30 e lá vivi até 1951, quando decidi também participar da história contemporânea, no Rio de Janeiro, que, se não era o centro do mundo, ficava mais perto.

Hoje São Luís é outra, bem mais moderna e atual.
A verdade é que essa noção de atualidade é relativa, de modo que quem vive na África profunda, seguindo rituais e adorando elefantes, vive sua própria atualidade. Por isso mesmo, quando passa por lá um avião, voando baixo, tenta atingi-lo com flechadas, certo de que é, em sua atualidade própria, um espírito do mal.


Não obstante, graças aos novos meios de transporte e comunicação, uma boa parte da humanidade vive numa atualidade maior, mais ampla, que abrange o que chamamos de mundo civilizado. De certo modo, a partir de determinado momento da história humana, esses povos, em maior ou menor grau, participam de um mesmo processo econômico e cultural, em níveis diferentes, claro, mas, de uma maneira ou de outra, de uma mesma história. Por essa razão, costumo dizer que não há "exclusão", já que estamos todos incluídos, ainda que em condições de desigualdade, tanto cultural quanto econômica.


Esta região, hoje chamada América Latina, foi cooptada pelos europeus, que a anexaram a seu processo civilizatório. De uma maneira ou de outra, o fator determinante de nosso processo histórico foi europeu; defasado, é claro, mas europeu. E, a cada dia, pelo avanço mesmo das tecnologias e do conhecimento, o mundo se globaliza, a economia é uma só e, gostemos ou não, estamos no mesmo barco: se a Bolsa cai ou sobe, em Nova York, cai ou sobe aqui também; se uma epidemia surge na Tailândia, temos que nos precaver porque ela pode desembarcar de um avião no aeroporto Tom Jobim e nos infectar.


Essa contemporaneidade de povos, que vivem em diferentes estágios culturais e econômicos, gera uma atualidade complexa, rica e contraditória, que faz com que o índio do Xingu, que ainda acredita em Tupã, assista pela televisão a uma partida de futebol que acontece em Barcelona, ou a um show dos Rolling Stones, na praia de Copacabana.
Não obstante, não há que se iludir: o índio não vive na mesma realidade que um morador do Harlem ou de Hong Kong, uma vez que as relações dessas diferentes pessoas com a realidade do mundo moderno são distintas, isso porque o homem é um ser cultural, que se apóia nos valores de sua comunidade e que são os seus. Por isso mesmo, aquele nativo africano, que vive num mundo tribal, não vê o avião como uma máquina que voa, e, sim, como uma aparição maligna.


A coisa não é muito diferente, embora seja mais complexa, se se passa no plano das idéias e das utopias. Quando Marx escreveu, em 1848, o "Manifesto Comunista", clamando pela libertação da classe operária, no Brasil ainda imperava o trabalho escravo e o sonho dos países latino-americanos era se tornarem impérios. A revolução que, segundo Marx, aconteceria nos países capitalistas avançados, aconteceu na Rússia, de capitalismo atrasado.

Esse fato, mesmo contrariando a teoria, não deixou de mudar o curso da história que, como se sabe, não está escrita, mas é fruto de fatores objetivos, de opções humanas e do acaso. Donde, poder dizer-se que a vida é, em certa medida, quântica, já que se rege pelo princípio da incerteza e da indeterminação. Todo o esforço humano para impedir que seja assim.
Contra o poder dos países capitalistas, a revolução soviética sobreviveu e a URSS tornou-se, em meados do século 20, a segunda potência econômica e militar do planeta.

Pois bem, o socialismo real desmoronou. Não obstante, enquanto a própria China, governada pelo Partido Comunista, troca o socialismo pelo capitalismo de Estado, na América Latina de García Márquez, reacende-se o sonho socialista, como em Macondo, onde o passado chega como se ainda fosse o futuro. E pode ser que o seja, porque a atualidade é relativa e há muitas e diversas atualidades.

Por isso, nada impede que, num povoado qualquer de nosso continente, renasça o sonho da sociedade sem classes. Só não se sabe quanto tempo duraria.

 

 

 

© Ferreira Gullar – publicado na Folha de São Paulo / UOL

Fotografia de Mário Castello - Série Mantiqueira, 2008

tags:
publicado por ardotempo às 11:27 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar
Domingo, 19.10.08

CRUZ

Esculturas de Ângela Pettini de Oliveira

 

Cruz é um tema da Arte. Foi assim na Antigüidade, foi assim ao longo de 400 anos pós-renascimento, é hoje um tema da contemporaneidade. Diria que é um tema crucial na Arte Contemporânea. Ali está com seu estojo de múltiplos significados e isso se prova com as propostas estéticas de Kasimir Malevitch, de Antonio Saura, de Tápies, de Velicovic, de Anselm Kiefer, de Antony Gormley, em Siron Franco.

 

Está a cruz presente em algumas obras desses artistas a apontar sua riquíssima carga de significados e simbologia, até mesmo quando o artista se inscreve na fatura abstrata. É um ícone da contemporaneidade e comporta o seu conjunto formal para as diversas formas de expressão.

 

Neste conjunto de obras Ângela Pettini de Oliveira a traz para a sua escultura. Aliás, a sua pertinência se consagra no espaço tridimensional, no universo da linguagem escultórica, posto que a cruz desde sempre é escultura.

 

Vemos nesta exposição, várias obras em que a cruz se explicita e se impõe dominando o espaço volumétrico. Noutras, ela se faz de suporte, preferencialmente em bronze, de diferentes pátinas ou graus de polimento, e dessa base universal conta uma história. Revela as outras cruzes dos seres humanos, no tráfego, nos acidentes, nos distúrbios, na violência, nas opções do livre arbítrio. Revela outras cruzes nos vícios, na sorte, na desdita. Na contas de um terço-cassino. Numa grande cruz que é carregada penosa e solidariamente por um grupo de pessoas, no caso específico, por crianças.

 

A escultora avança no tema e nos apresenta uma cruz em forma de favela, de bairro de lata, de vila miséria. A cruz, que é destinada a tantos, sem que eles a pedissem e assim ela se espalha por todos os lados, por todos os continentes.

 

A cruz deixa assim de ser um logotipo religioso e torna-se letra de um alfabeto comum a todos os seres, que identificam e compreendem imediatamente o signo e o alcance de seus significados. Existem também os labirintos de cruzes, as prisões e a poética de um lenho premonitório, ainda na sua forma primeva e original de árvore.

 

Uma escultura me chama a atenção, particularmente, será aquela em que a artista encaminha audaciosamente a cruz no formato de um cubo vazado e ali pendura um ser, torturado, que se mostra igualmente vazado, exaurido de sua força e de sua consistência integral no condicionamento ao espaço limitado, claustrofóbico e tenaz –aquele exato a que se acha reduzido e condenado. O espaço, que aberto também é fechado, que o confina e que o impossibilita de qualquer ação alternativa, na medida em que o esvazia do conhecimento e da consciência.

 

 

Olhe em volta e veja as cruzes, veja o caos que nos toca com os dedos longos.

 

Duas torres verticais que desabam – em fragmentos retorcidos de aço, em pedaços estilhaçados de concreto, em lascas de vidro, em fogo e poeira, em corpos ainda vivos arremessados ao espaço vertiginoso, em bilhões de pedaços de papel, sepultando, inutilizando e infelicitando milhares de vidas – quando caem ao solo, formam um imensa cruz, indelével e sinistra, mesmo que não a percebamos imediatamente.

 

A cruz é um tema contemporâneo – que faz pensar.

 

© Alfredo Aquino 

tags:
publicado por ardotempo às 15:12 | Comentar | Ler Comentários (1) | Adicionar

Siza em São Paulo

Os 12 trabalhos de Álvaro Siza 

 

De 16 de outubro a 23 de novembro, 12 projetos do arquiteto português Alvaro Siza realizados nos últimos dez anos são tema da exposição "Álvaro Siza Modern Redux", no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Com curadoria do arquiteto português Jorge Figueira, a mostra tem maquetes, fotos, desenhos e projetos.

 

Álvaro Siza já recebeu o prêmio Pritzker, em 1992, e recebe, em 2009, a Medalha de Ouro Real, pelo Royal Institute of British Architects (Instituto Real dos Arquitetos Britânicos), o RIBA. A medalha é atribuída desde 1848 aos arquitetos de grande contribuição internacional à arquitetura. Já premiou Le Corbusier (1953), Renzo Piano (1989), Frank Gehry (2000) e Jean Nouvel (2001). 

 

Para justificar a escolha, o RIBA considerou que a obra de Siza tem uma especial qualidade de relacionar primordialmente os elementos da arquitetura - em oposição à exploração da forma ou textura dos mesmos elementos.

 

Foi ressaltada também a economia de meios expressivos combinada à generosidade dos espaços revelados. Estou resumindo um pouco, mas achei bem bacana esta síntese que o RIBA fez sobre a obra de Siza, que é profundamente ligado ao movimento moderno e ao mesmo tempo possui grande capacidade plástica e poética.

 

Veja a lista dos 12 trabalhos de Siza que podem ser vistos na mostra do Tomie Ohtake:


* Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre (2005-2008), Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2002) 

* Pavilhão Anyang, Anyang, Coréia do Sul (2005-2006)

* Complexo Desportivo Ribera-Serrallo, Cornellà de Llobregat, Espanha (2003-2006)  Prêmio Secil 2006 (grande prêmio de Arquitetura de Portugal)

* Casa Van Middelem-Dupont, Oudenburg, Bélgica (1995/2001)

* Pavilhão Centro de Portugal, Expo 2000. Hannover, Alemanha (1999/2000) 

* Pavilhão Multiusos, Gondomar, Portugal (2001/2007)

* Biblioteca Municipal. Viana do Castelo, Portugal (2001/2007)


 

 

 


* Hotel Desportivo e Centro de Alto Rendimento, Panticosa, Huesca, Espanha (desde 2001) 

* Casa do Pego, Sintra, Portugal (2002/2007)

* Casa em Maiorca, Palma de Maiorca, Espanha (2002/2007) 

* Adega Mayor, Campo Maior, Portugal (2003/2006)

* Museu Mimesis, Paju Book City, Coréia do Sul (desde 2006)

 

Álvaro Siza Modern Redux


Publicado por Mara Gama no Blog Design

Fotografia de Fernando Guerra

tags:
publicado por ardotempo às 13:16 | Comentar | Adicionar

O barbeiro

O barbeiro de Beja

 

 

 

"6.ª feira (…) estou até às 03, 15 h da tarde, depois saio ao cabrito (…)"

"Amigo cliente, se não estiver aqui na barbearia posso estar em minha casa, em casa do meu irmão, ou no café da Celeste. Ou casa pai.

Se me for chamar a minha casa, a campainha está por baixo da caixa do correio"

Este barbeiro, alentejano de Beja, homem de hábitos e rituais certos (sexta-feira cabrito), para quem o cliente é um "amigo", e com uma vida social de tal forma preenchida (ele é casa, casa do irmão, café da Celeste, casa do pai) que nem lhe sobra tempo para estar na loja.

À semelhança do seu congénere sevilhano, é digno de um qualquer Rossini do nosso tempo que o imortalize em ópera! Componha-se a dita!

José Simões

Publicado no blog Der Terrorist

tags:
publicado por ardotempo às 13:12 | Comentar | Ler Comentários (4) | Adicionar

Paris

Fotografia

 

 

Fotografia - Pierre Yves Refalo - Solidão em Paris - 2008 

publicado por ardotempo às 13:10 | Comentar | Adicionar

Brasília

Fotografia de arquitetura

 

 

Fotografia - Mário Castello - Museu de Brasília - 2008 

publicado por ardotempo às 12:46 | Comentar | Adicionar
Quinta-feira, 16.10.08

Poética

Desenho

 

 

 

Poética - Desenho de Alfredo Aquino - Tinta china e aguadas a pena e pincel sobre cartão Montval.

tags: ,
publicado por ardotempo às 16:57 | Comentar | Ler Comentários (2) | Adicionar

Editor: ardotempo / AA

Pesquisar

 

Outubro 2008

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
17
18
21
23
27

Posts recentes

Arquivos

tags

Links