Segunda-feira, 15.09.08

O Livro das Impossibilidades

Luiz Ruffato

 

Em O Livro das Impossibilidades, o quarto livro da saga sobre a formação do proletariado no Brasil, Luiz Ruffato retorna à velha Cataguases.

 

No quarto volume da série Inferno Provisório, Ruffato dá continuidade às histórias de seus livros anteriores, Mamma, son tanto felice, O mundo inimigo e Vista parcial da noite.

 

Por meio das existências mesquinhas e miseráveis de seus personagens, ele constrói um quadro pungente da realidade brasileira. O cenário das narrativas que compõem o romance é a mesma cidade de Cataguases feita de palavras, tendo o Beco do Zé Pinto como eixo aglutinador de fatos e de personagens.

 

Em O Livro das Impossibilidades intensifica-se o processo de degradação dos personagens; o Inferno Provisório parece tornar-se mais explícito para seus ocupantes. O livro acaba de sair da gráfica da Editora Record e chegou às livrarias no dia 12 de setembro.

 

O Livro das Impossibilidades


Inferno provisório - Volume 4


Luiz Ruffato


Editora Record


160 páginas


 

publicado por ardotempo às 22:40 | Comentar | Adicionar

"Chez Duchamp"?

 Restaurante dadaísta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Restaurante de alta gastronomia conceitual... no Japão.

publicado por ardotempo às 18:54 | Comentar | Adicionar

Retratos Notáveis - 01

Alegria de viver

 

 

Fotografia - Retrato de Madeleine (Aix-en-Provence, Provence - França), 2008 - Fotógrafo: Pierre Yves Refalo

publicado por ardotempo às 18:01 | Comentar | Adicionar

A viagem do elefante

Novo livro de José Saramago. Chama-se A viagem do elefante.

Queridas amigas, queridos amigos,

"Escrevê-lo não foi um passeio ao campo: Saramago lançou-se a esta tarefa quando estava incubando uma doença que tardou meses a deixar-se identificar e que acabou por manifestar-se com uma virulência tal que nos fez temer pela sua vida. Ele próprio, no hospital, chegou a duvidar que pudesse terminar o livro. Não obstante, sete meses depois, Saramago, restabelecido e com novas energias, pôs o ponto final numa narração que a ele não lhe parece romance, mas conto, o qual descreve a viagem, ao mesmo tempo épica, prosaica e jovial, de um elefante asiático chamado Salomão, que, no século XVI, por alguns caprichos reais e absurdos desígnios teve de percorrer mais de metade da Europa.

A viagem do elefante é um livro coral onde as personagens entram, saem e se renovam de acordo com as peculiares exigências narrativas que o autor se impôs e lhes impôs. O elefante e o seu cornaca têm nome, como outras personagens que figuram nos manuais de história, embora apareçam também pessoas anónimas, gente com quem os membros da caravana se vão cruzando e com quem partilham perplexidades, esforços, ou a harmoniosa alegria de um tecto depois de tantas noites dormidas à intempérie.

Apesar de não se tratar de um livro volumoso, andará pelas 240 páginas, poderemos reconhecer nelas a imaginação de Saramago, a compaixão solidária, esse sentimento que, sendo expressado literariamente, é sobretudo humano. Ele atravessa toda a obra, distingue-a e significa-a. Encontraremos igualmente o humor que o escritor emprega para salvar-se a si mesmo e para que o leitor possa penetrar no labirinto de humanidades em conflito sem ter de abjurar da sua condição indagadora de humano e leitor. Como sempre, encontrar-nos-emos com a ironia, o sarcasmo, a beleza em estado puro, a responsabilidade de escrever, a felicidade de ter escrito.

Saramago oferece-nos um novo livro. Que não é um livro histórico, embora trate de algo que está na história, ou, para ser mais rigoroso, na pequena história, embora intervenham personagens que tiveram vida real e que agora voltam a ter nova ocasião ao pôr-se a conviver com outras procedentes da imaginação do escritor e, todos juntos, habitar as mesmas páginas, ainda que nem sempre as mesmas peripécias. Quando lerdes o livro sabereis a que me refiro. A viagem do elefante está pontuado de acordo com as regras de Saramago, os diálogos intercalam-se na narração, um todo que o leitor tem de organizar de acordo com a sua própria respiração. O leitor, esse ser fundamental que Saramago considera e respeita e a quem continuamente interpela, seja adiantando-lhe consequências de certos actos ou recordando-lhe outros, implicando-o no texto, porque escrever, como ler, não são acções inocentes, são tentativas para forçar a inteligência a ir um pouco mais longe, mais além de Viena, de Valladolid ou de Lisboa, mais além do que éramos ao acordar de manhã e encontrar-nos com mais um dia pela frente.

Queridas amigas, queridos amigos, com estas linhas apenas pretendi dar a notícia de que vamos ter um novo livro de Saramago para incorporar na nossa vida de leitores. Não vos decepcionará, pelo contrário, ireis lê-lo, estou certa, com a mesma emoção com que foi escrito e sobrevooa cada linha, cada palavra. Não é um livro mais, é o livro que estávamos esperando e que chegou a bom porto, o leitor. Salomão, o elefante, não teve tanta sorte, mas disso não falarei, aguardemos o Outono, e então sim: aí, em vários idiomas simultaneamente, poderemos comentar páginas, aventuras, desenlaces. Os materiais da ficção, que são também os da vida.

A todos, um abraço e felicidades."

 Pilar del Río /  Esposa de José Saramago - Blog da Fundação José Saramago

publicado por ardotempo às 01:24 | Comentar | Adicionar

Editor: ardotempo / AA

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