Vai piorar...
Ambiente
Não se sabe o que estava sendo feito. Sabe-se que a defesa do meio ambiente é algo abstrato, de caráter filosófico, ético e do interesse pela sobrevivência da Humanidade. Do outro lado, em confronto direto, estão os interesses pragmáticos, dotados da tangibilidade real em CNPJs, estão os interesses econômicos imediatos, estão as grandes corporações, os mega-investimentos, os fazendeiros, a indústria do agronegócio, o etanol, os loobys, as poderosas bancadas ruralistas de senadores e deputados no Congresso Nacional, as largas extensões desmatadas na busca da mais alta rentabilidade.
Temos visto que as queimadas e a devastação no Mato Grosso, no Pará e no Amazonas aumentaram nos últimos tempos, travestidas da necessidade de progresso e do crescimento econômico do País, por estimulos concedidos pelas políticas governamentais. A floresta tem sofrido, portanto, um ataque avassalador na expansão dessa fronteira agrícola.
Com a saída melancólica da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma voz quase solitária no governo, em defesa do ambiente, sabe-se apenas que tudo vai piorar.
"Minha permanência não estava mais agregando", afirmou a ex-ministra. Para ela, seu trabalho no ministério encontrava-se "estagnado". "Pelo menos comigo, não sairiam mais as políticas necessárias. É preciso movimentar as pedras que não estavam se movimentando. Espero que o movimento agora seja positivo".