Sábado, 22.03.08

Dezoito aforismos de um polonês genial

Stanislaw Jerzy Lec – um escritor judeu-polonês, nascido
em 1909, mestre em aforismos, que escapou de um campo
de concentração nazista vestindo um uniforme de soldado alemão para logo integrar-se à resistência polonesa contra a opressão nazista e que foi capaz de dizer a um amigo
polonês, seu tradutor para o inglês, às vésperas de sua
morte em 1967, já fragilizado pelo câncer que tomava impiedosamente grande parte de seu corpo :
Veja, já não sou um judeu, sou apenas meio judeu…

Ele escreveu aforismos desse nível:

• Muitos bumerangues não retornam: preferem a liberdade.

• Conselho a escritores: às vezes é necessário parar de escrever.
Inclusive, antes mesmo de começar.

• Até a sua ignorância é uma enciclopédia.

• O dedo de Deus nem sempre deixa as mesmas impressões digitais.

• Os ideais não são para idealistas.

• Pense antes de pensar!

• É uma pena que a viagem para o Paraíso seja dentro de um ataúde.

• “Eu só o ameacei com um dedo”, disse, apertando o gatilho.

•  Afaste-se um pouco do caminho da Justiça. Ela é cega.

•  Entre dentro de si mesmo, sem bater.

•  O mundo é belo. Isso é justamente o mais triste.

•  A força da Arte: podem existir heróis covardes.

•  A Revolução Francesa demonstrou com o exemplo que aqueles que perdem são os que perdem a cabeça.

• No princípio era o Verbo; no final, a verborragia.

• O que acontece ao diabo quando deixa de acreditar em Deus?

• Na guerra das idéias normalmente são as pessoas que morrem.

• Insônia: enfermidade comum nos tempos em se obriga homens e mulheres a fechar seus olhos frente a muitos acontecimentos.

• O carrasco geralmente se esconde sob uma máscara: a da justiça.
publicado por ardotempo às 22:56 | Comentar | Adicionar

Cartas contam - LUIZ RUFFATO


CARTAS CONTAM TUDO
, devagar, aos poucos como quem nada conta, palavra
após palavra, data a data, a emoção crescente da revelação de que tudo se parece mas é individual, a nada se parece. Uma grande idéia, comovente, implacável... uma grandiosa homenagem. SIMPLES.
O singelo que vai se tornando denso porque toda vida é densa e insubstituível.

A história em testemunho escrito de um brasileiro, um homem comum, lutador em desvantagem como quase todos, a maioria esmagadora e esmagada no país das chances mínimas. Comovente, forte, uma história que não se fez, FEITA, intensa, contada nas zelosas e desarmadas cartas à mãe.







 DE MIM JÁ NEM SE LEMBRA
 Autor: Luiz Ruffato
 Editora: Editora Moderna - 104 páginas / 2007
 Literatura brasileira
 ISBN Nº  978-85-16-05410-6
publicado por ardotempo às 00:05 | Comentar | Adicionar

Editor: ardotempo / AA

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