Palavras para Maquinaria da Arte
AWB: O teu trabalho é bastante técnico, não é?
Leopoldo Plentz: É, eu gosto disso. Gosto muito do artesanal.
Isso na verdade me dá um prazer muito grande, adoro ferramentas, às vezes vou passear na loja Ferramentas Gerais (NE: um gigantesco magazine de ferramentas e utensílios mecânicos, Porto Alegre RS)
– é o meu shopping center.
Creio que é importante o domínio técnico em qualquer área. Hoje em dia, como tudo está em efervescência, até parece que voltou a década de 70... Tenho a impressão de que em arte, o artesanato é mal visto, acham que você deve ser meio cerebral, suspirar e fazer uma obra, desde que tenha um discurso teórico.
AWB: Você está falando com relação à arte contemporânea?
Leopoldo Plentz: Sim. Eu sinto que há discriminação com relação ao objeto artístico. É tudo muito virtual, cerebral. Gosto desta coisa de colocar a mão na massa mesmo, me dá muito prazer o fazer. E para mim a produção artística tem de ter o lado prazeroso do fazer. Caso contrário, não tem graça.
AWB: Quem discrimina o objeto artístico?
Leopoldo Plentz: Alguns críticos e curadores.
Entrevista concedida pelo fotógrafo Leopoldo Plentz para a
Revista Virtual ArteWebBrasil – leia a entrevista integral aqui